Dentre as produções da PD, alguns filmes foram bem aceitos, tanto pela crítica quanto pelo público. A exemplo disso, filmes como o primeiro remake de O Massacre da Serra Elétrica e o recente reboot de Sexta Feira 13. Já outros títulos desagradaram, como o remake de Horror em Amityville.
Semana passada, chegou aqui no Brasil mais um reboot de autoria da PD, A Hora do Pesadelo. Assisti ontem o filme e vou escrever minha review :D
Li em muitos lugares críticas desfavoráveis ao filme. Muita gente não gostou, afirmando que desfiguraram (como se pudesse desfigurar mais) o Freddy. Acontece que o filme tenta dar um realismo ao personagem, tanto quanto o possível para um ser queimado que habitua o sono das pessoas e as mata no “mundo dos pesadelos”. A meu ver, essa humanização é necessária para o mercado cinematográfico atual. Hoje mesmo no twitter um amigo meu dizia querer muito assistir o filme porque “dá medo e mesmo tempo eu rio muito”. A imagem que todos tinham do antigo Freddy era aquele masoquista maluco que faz piadas a todo momento. Culpa disso é das inúmeras continuações, porque no original de 84 de Wes Craven, Freddy é só um masoquista maluco mesmo. A última expressão que foi dada ao mundo do personagem foi no sofrível Freddy vs Jason, no qual a ridicularização do ícone do horror foi extrema. Talvez esse choque entre a última imagem do Freddy com a “rebootada”, que é muito mais sóbria, tenha causado certo desconforto. As únicas piadas que Freddy faz no filme são repugnantes e a expressão de ódio e luxúria é constante na sua face.
O impacto da mudança do personagem principal é grande, pois o filme em si é bem amarrado e explicado. Não tem as revira-voltas clichês do gênero, a fotografia é impecável e o posicionamento de câmeras perfeito.
Se comparado ao original, o reboot ganha nas explicações. O filme de 84 peca ao não fazer uma ligação concreta entre as cenas e ainda por não explicar os motivos de Freddy e o porquê das vítimas serem aquelas. Além do final e as cenas que envolvem camas serem completamente non-sense até pra uma produção de 1980 bolinhas. Mas no original o suspense em torno do sono é maior. Nunca se sabe quando o personagem está de fato dormindo, atmosfera pouco aproveitada no reboot. Outra característica que pode ser notada é a mudança do foco do filme. O original gira em torno da Nancy e o filme de 2010 foca o Freddy
Comparando A Hora do Pesadelo com o último reboot feito pela PD, Sexta Feira 13, Freddy ganha
Enfim, o que falta para o público gostar desse reboot de A Hora do Pesadelo é esquecer os antigos e encarar como uma nova experiência. Esse novo Freddy se mostra mais complexo, mais sombrio, mais raivoso e mais humano e o seu crime está mais atual do que nunca. Talvez seja esse o empecilho que encontrem, não querem encarar o Freddy como o maníaco que ele é e sim como o vilão trash que as inúmeras continuações o tornaram.
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